Paulo Brites por ele mesmo

Capricorniano de pai e mãe.

Perfeccionista (se não for pra fazer bem feito, então é melhor não fazer).

“Nacionalidade”: – Carioca da gema.

Reza a lenda que a minha primeira vacina foi um choque elétrico. Daí por diante nunca mais tive medo de choque.

Por alguma razão, que, talvez nem Freud explique, sempre quis saber o que existia dentro das “coisas” e como elas funcionam. Como ainda não tinham inventado o Google o jeito era desmontá-las e “pesquisar”.

Minha primeira “pesquisa científica” foi lá pelos quatro anos de idade tentando entender o que existia dentro de um ferro elétrico de passar roupa (a maior tecnologia da época).

Até hoje tenho dúvidas se entendi, mas valeu o esforço.

Minha brincadeira preferida era amarrar lâmpadas com barbantes para fazer instalações elétricas. Elas só acendiam na minha imaginação, mas a imaginação de criança é fértil e continuará fértil para o resto da vida se os adultos não a tolherem.

Bem, para encurtar a história, antes que vire uma autobiografia, depois de não passar no vestibular do IME (hoje eu acho que foi melhor assim) lá pelos idos de 64, resolvi fazer um curso técnico de eletrônica que me é útil até hoje.

Já havia feito um curso por correspondência (é assim que se chamava EAD antigamente) de Rádio e Televisão pelo Instituto Monitor. Isso foi em 1963.

Minha base com a preparação para o vestibular e também com os conhecimentos adquiridos no curso do Instituto Monitor fez com que eu me destacasse no curso de Eletrônica.

Logo “virei professor” (sem diploma) e comecei a lecionar eletrônica, matemática e coisas afins.

Em 1972, portanto cerca de 4 anos após terminar o curso técnico e trabalhando exclusivamente como professor achei que meu destino era a sala de aula. Estava mais do que na hora de fazer uma faculdade, mas não queria mais saber de engenharia.

Muito influenciado pelo PBO, meu professor de matemática e guru no curso técnico resolvi fazer matemática, e optei pelo bacharelado, para ser professor universitário.

Ingressei na UFRJ e ao mesmo tempo dava 52 aulas por semana (não me perguntem como consegui sobreviver).

E assim foi de 68 a 76 até me desencantar com as enrolações dos diretores de colégio e ir parar na Embratel, graças ao curso técnico.

Um serviço chato, sem nenhuma criatividade.

 A faculdade ficou pra traz no 6º período.

Supria minhas frustações da Embratel dando algumas aulas, escrevendo, estudando por conta própria (sempre fui autodidata) e montando alguns circuitos.

Em 92 sai da Embratel por livre e espontânea pressão e montei a Áudio & Vídeo Brites que durou até 2005.

Neste ano o contrato de aluguel do local onde eu tinha a minha empresa acabaria e eu não estava mais animado a continuar a ser micro empresário e continuar a ter que matar um leão por dia (antes que o leão me comesse).

Foi aí que duas coisas aconteceram quase simultaneamente na minha vida.

Em janeiro de 2005 fiz vestibular para matemática pelo CEDERJ e logo em seguida um concurso para técnico em eletrônica da Fundação CECIERJ.

Passei nos dois graças a minha base do curso técnico.

Finalmente consegui a licenciatura em 2008 e passei no concurso para professor do Estado onde leciono física atualmente. É isso mesmo – fiz matemática, mas leciono física. Tudo a ver.

Mas a “cachaça” da eletricidade e eletrônica não me larga e de vez em quando pintam umas aulas na área e para não perder o pique eu topo.

O que vai acontecer nos próximos 30 anos (!!!) ainda não sei.

Estou aberto a negociações!