Pra que serve um varistor?

Pra que serve um varistor?

Certamente você já encontrou em algum equipamento uma “pecinha” localizada próxima à entrada da rede com o aspecto de um capacitor de poliéster como vemos na fig.1.

Fig. 1 - Varistor

Fig. 1 – Varistor

É possível também que nesta região existam, além do fusível, algumas bobinas, capacitores e talvez um NTC, entretanto a “pecinha” da fig.1 (às vezes pode ser amarela) não é um capacitor e sim um varistor que costuma atender também pelo “apelido” de MOV ou SIOV.

Aliás, já que mencionei o NTC é importante que você não o confunda com o varistor já que fisicamente são parecidos (geralmente pretos ou verdes).

Mas, pra que serve um varistor, é o que o menos experientes devem estar querendo saber.

O varistor ou MOV é na verdade um VDR, isto é, um resistor dependente da tensão, e eu diria que ele poderia ser chamado de “anjo da guarda” dos equipamentos eletrônicos e já explicarei por que.

Quando eu digo “anjo da guarda” estou querendo dizer “dispositivo de proteção”. Mas, isto não é a função do fusível?

Sim, até certo ponto, primeiro porque o fusível é um “anjo da guarda” um pouco “lerdo” se comparado ao varistor.

Um fusível para abrir (ou queimar como dizem por aí) precisa que passe por ele uma corrente maior do que suporta o fio com o qual foi fabricado a fim de que ele rompa por aquecimento e isto pode levar um tempo relativamente “grande” (alguns milissegundos). Existem até fusíveis projetados propositalmente para “demorar a queimar”. São os chamados fusíveis de ação retarda, mas isto é conversa para outro dia. Voltemos aos varistores antes que percamos o rumo da prosa.

E o que precisamos, às vezes, é um “anjo da guarda” the flash que entra em ação bem rapidão.

De certa forma os varistores podem ser enquadrados na categoria de “resistores especiais” sobre os quais eu cito alguns no capítulo 7 do meu livro “Eletrônica para Estudantes, Hobistas & Inventores”. Naquele capítulo eu não falei sobre os varistores para não “sobrecarregar” a cabeça dos iniciantes, por isso sugiro que, se você adquiriu o livro, acrescente este post a ele (se ainda não tem o livro, não sabe o que está perdendo!).

Depois deste rápido plim-plim, vejamos como um varistor funciona.

Primeiro é preciso que você seja informado que os varistores são dispositivos semicondutores daí a sigla MOV que significa Metal Oxide Varistor e, portanto tem um comportamento completamente diferente de um fusível ou mesmo um NTC/PTC embora eles sejam considerados “resistores”. Vale ressaltar aqui que estes resistores são chamados “não ôhmicos” por que não obedecem a primeira Lei de Ohm.

Os varistores apresentam uma resistência extremamente alta (praticamente infinita) em condições “normais”, entretanto esta resistência cai bruscamente a valores próximos de zero ohm em um tempo inferior a 25 nano segundos quando submetidos a um pico de tensão maior do que especificado para cada um.

É aqui que entra a importância do varistor como um protetor de circuito.

Distúrbios na rede elétrica causados, por exemplo, por descargas atmosféricas de alta intensidade de energia, fazem surgir nela surtos de alta tensão também chamados spikes  ou transientes num intervalos de tempo extremamente pequeno. Veja a fig.2

Fig.2 - Transientes na rede elétrica

Fig.2 – Transientes na rede elétrica

Estes surtos se não forem eliminados imediatamente antes de atingir o circuito propriamente dito certamente produzirão grandes danos bem graves.

Na fig.3 temos o diagrama em blocos mostrando a instalação de um varistor.

Fig.3 - Diagrama em blocos da instalaçao de um varistor

Fig.3 – Diagrama em blocos da instalaçao de um varistor

Como funciona

Observe na fig.3 que o varistor está instalado em paralelo com a rede elétrica (L e N) logo após o fusível que está em série com o lado “vivo” da rede (atenção Zé Faísca, por isso é importante ligar corretamente a tomada brasileira que manda a ligar o vivo no vivo e o neutro no neutro!).

Se surgir um transiente de alta tensão na rede, mesmo que num intervalo de tempo extremamente pequeno, a resistência do varistor deverá cair instantaneamente para um valor próximo de zero fazendo com que o fusível abra (“queime”) pela alta energia nele e deste momento em diante a fonte não recebe mais tensão da rede graças ao “anjo da guarda the flash” chamado varistor.

Reparando a fonte da impressora Lexmark E-260N

Para ilustrar a importância do varistor em um equipamento vou contar um “causo” verídico que aconteceu comigo recentemente e me inspirou para escrever este post.

Recentemente fui “convocado” para reparar uma impressora Lexmark E-260N que estava “mortinha da silva”, ou seja, não acendia nem um ledizinho para mostrar que ainda havia um sopro de vida naquela enferma impressora.

O dono não sabia o que tinha acontecido. Chegou segunda feira para trabalhar e encontrou a “defunta” lá. Certamente o crime ou a morte súbita tinha ocorrido no final de semana, portanto sem testemunhas.

Minha primeira providência, obviamente, foi trocar o cabo de força por um comprovadamente bom porque não costumo começar a procurar chifres em cabeça de burro e parafraseando uma antiga comediante da tv que dizia “só abro a boca quando tenho certeza” eu “só abro um equipamento quando tenho certeza que precisa abrir”.

Para minha tristeza e felicidade deste post, não funcionou.

Provavelmente deveria haver, no mínimo, um fusível “queimado”. Cadê o fusível? O fabricante o escondeu bem escondidinho, porque assim o conserto fica caro, o dono desiste, compra outra e ajuda a poluir o planeta com mais um lixo high tech no fundo de um rio.

Expressando meus pensamentos e partindo para confronto

X#*&&! (impublicável), tenho mesmo que desmontar esta %90w9i%%3 desta impressora e se não há remédio, então remediado está.

Mãos a obra. Depois de retirar várias partes do gabinete e trocentos parafusos a fonte apareceu e o fusível também do ladinho da tomada de força como se vê na fig. 4.

Fig. 4 - Fusível na fonte da impressora Lexmark E-260

Fig. 4 – Fusível na fonte da impressora Lexmark E-260

Multímetro na mão, na escala de continuidade, ávido para não ouvir o apitinho e faturar o meu.  Estava lá, #4%(@*, o maldito apitinho denunciando, para minha tristeza, que o “o fuzil tava bão”.

Antes de sentar e começar a chorar feito criança que perdeu seu brinquedinho novo, resolvi “esticar” meu olhar pela placa e encontrei mais um fusível escondidinho atrás de um relé que você vê na fig. 5.

Fig.5 - Fusível escondido

Fig.5 – Fusível escondido

Desta vez foi só alegria. Sem apitinho, logo o fusível estava “queimado”!

A pergunta que se faz nesta hora deve ser: – foi crime ou suicídio?

Se foi suicídio, ou seja, o fusível queimou por uma desilusão amorosa, a substituição do infeliz por outro fará o aparelho voltar a funcionar.

Era o que eu iria fazer, mas devemos ter muita calma nesta hora e sem lâmpada série não dá pra ser feliz.

A placa ainda estava presa na blindagem e não dava pra ter acesso ao outro lado para tirar o fusível que está soldado na placa.

Ansioso para descobrir se era crime ou suicídio, soldei um pedacinho de fio jampeando o fusível e liguei a encrenca, através da lâmpada série, é claro, que eu não sou bobo.

Bingo! A lâmpada só não acendeu mais forte porque sua potência era 60W.

Conclusão: – não foi suicídio, foi crime mesmo. Será que o “descon” (assassino) deixou evidências? (já perceberam que eu sou aficionado de Criminal Minds).

Todo técnico reparador deve ter uma veia de investigador o que inclui olfato e olhar apurado.

Veja só na fig. 6 o que encontrei após seguir a trilha que saia do fusível “queimado”.

Fig. 6 - Varistor na placa da fonte

Fig. 6 – Varistor na placa da fonte

A região carbonizada escondida entre os dois capacitores azuis do filtro de linha colados um ao outro, não deixava dúvida que o crime tinha sido realizado por um surto na rede elétrica no final de semana e, portanto sem testemunhas. Mas não existe crime perfeito.

Se olharmos a fig. 6 onde está a seta vermelha veremos uma peça preta. Na verdade era um encapsulamento em espaguete termo retrátil onde os varistores costumam ser “escondidos” pelos fabricantes.

Uma questão se segurança. Às vezes o varistor explode e pode provocar um incêndio.

Fig.7 - Varistor retirado da placa da fonte

Fig.7 – Varistor retirado da placa da fonte

Retirada a “capa preta” lá estava o varistor que você vê na fig.7.

Retirei o varistor da placa, deixei o “FIOsível” lá e liguei a placa novamente via lâmpada série, é claro!

A lâmpada nem piscou, bom sinal. Algumas medições no conector mostraram as famosas tensões de 5, 12 e 24V. Aleluia!

Mas, pera aí. Pode ligar sem o varistor?

Poder pode só que NUNCA se deve entregar o equipamento sem colocar outro no lugar.

Lembre-se, o varistor é o anjo da guarda. O criminoso, neste caso, foi um surto na rede elétrica, mas se você não colocar outro varistor no lugar você pode passar a ser cumplice no futuro se outro surto voltar a ocorrer.

A hora mais difícil, comprar o varistor

Eu, particularmente, sempre resolvi este problema graças a uma vasta sucata que eu tenho e nunca procurei nas lojas por este componente.

Atualmente raramente faço manutenção em “coisas modernas” e não sei como anda o mercado.

Por curiosidade fui procurar na Internet o varistor desta impressora pelo código que aparece estampado nele “TVR 14241” e achei para vender pelo Mercado Livre. Como disse resolvi o problema graças a minha sucata.

A maior preocupação que você deve ter é usar um varistor retirado de um equipamento que trabalhe com a mesma tensão de rede do que está sendo reparado.

Existem diversas outras especificações, mas isso fica por conta do projetista.

Dá para testar um varistor?

Testar propriamente não, porque seria parecido com o método usado para testar fósforo. Se acender é porque estava bom!

Dizem as más línguas que este método foi inventado por um cientista japonês chamado Manuel Joaquim!

Brincadeiras a parte, no caso do varistor podemos medir a resistência ôhmica do dito cujo e o resultado deve ser infinito se ele estiver bom. Se medir algum valor de resistência, geralmente baixo ou zero, precisamos trocar o “anjo da guarda”, pois este não está mais dando conta do recado.

Pensando bem, não precisamos nos preocupar com medições. Retirou da placa, ligou (com a lâmpada série), funcionou, então “era ele” o criminoso.

Até sempre

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Paulo Brites

Técnico em eletrônica formado em 1968 pela Escola Técnica de Ciências Eletrônicas, professor de matemática formado pela UFF/CEDERJ com especialização em física. Atualmente aposentado atuando como técnico free lance em restauração de aparelhos antigos, escrevendo e-books e artigos técnicos e dando aula particular de matemática e física.

Website: http://paulobrites.com.br

84 Comentários

  1. Parabéns pelo conhecimento compartilhado e excelente escrita!

    • Paulo Brites

      Obrigado pela participação

  2. JOSÉ NUNES DOS SANTOS

    PAULO, seus comentários são muito importante como aprendizados para estudantes de elétrica e também para recordação dos velhos profissionais como eu que já estou com 84 anos de idade, 60 anos como eletricistas. estou adorando os seus comentários, já mendei adquirir o seu LIVRO.
    Um forte abraço. Nunes

    • Paulo Brites

      Parabéns pelos 84 na ativa Eu vou chegar lá, por enquanto SÓ com 75 quase 76.

      Volte sempre

    • Aldir Roth

      Bom dia Sr. Paulo, tive um gol 19 com 4.300 km queimou,o perito Eng. Mecânico, alega que o motivo foi o notebook estava nos pés passageiro,sendo que este notebook tinha segurança (varistor)instalado é possível um notebook desligado da rede elétrica causar incêndio ?

      • Paulo Brites

        Caro Aldir
        Está um pouco confusa a pergunta/explicação.
        O Varistor só atua na rede elétrica portanto, no recarregador de bateria e se o mesmo esitver ligado na rede portanto, não irá provocar incendio do mesmo. A funçao do varistor é justamente de proteção contrar spikes da rede.
        Se o note estava no carro então o recarregador não estaria ligado. O “incêndio” só podeia ocorrer por causa da bateria do notebook o que não parece muito provável. Um pouco “sobrenatural” a história do jeito que foi contada. Parece-me que faltam mais detalhes.

    • Sua explicação e simples parabéns pelo conhecimento que possui ..

  3. oscar henriques martins

    Por exemplo a eletrificação rural é mais forte que a urbana, às vezes falta energia e quando volta o pico é maior. Já pedi para baixar o tape do transformador e disseram que não precisa. Como tudo hoje tem placas eletrônicas está sujeito queimar devido a picos quando falta energia. As placas teem esse varistor.

    • Paulo Brites

      Nem sempre tem
      Deveriam, mas …
      Seria uma boa verficar e pensar em instalar
      Baixa a tensão não vai adiantar muito
      Aqui no site tem um artigo acho que é – Os gnomos da rede eletrica – que seria legal vc ler

    • Paulo Brites

      Obrigado pela participação

  4. julio silva

    Excelente explicação, mas eu tenho uma duvida conforme a figura 3, se no caso ligarmos o varistor em 220v, seria em paralelo com as duas fases?

    • Paulo Brites

      Olá Julio, sim seria em paralelo com as duas fases. Já vi circuitos em que usava mais dois varistores de cada fase para TERRA.

  5. agildo andrade

    muito bom, e tenho certeza que conheço suas dicas tecnicas desde quando eu trabalhava na eletronica ponte nova em nova era mg em 1996. forte abraço sr Paulo.

    • Paulo Brites

      Valeu, Agildo
      Obrigado pela participação.
      Abraços

      • Gilmar Augusto da Silva

        Obri gado por sua ajuda.
        Graças a sua impressora , encontrei da fonte do meu Xbox 360.

        • Paulo Brites

          Que bom Gilmar que pude ajudar e obrigado por me agradecer.

          Abraços

  6. Newdson

    Obrigado. Ajudou muito. Como compro seu e-book.

  7. Silvano Mendonça silvanomendonca01@gmail.com

    Parabéns amigo este post nos ensina bastante

    • Paulo Brites

      Obrigado pela participação, Silvano

    • Leandro souza

      Professor Paulo Brites
      Parabéns pela explicação de uma forma didática e simples
      Sou leigo no assunto mas sempre busco o conhecimento nen sei se é oportuno mas gostaria de tirar uma dúvida
      Tive uma falha em uma inversão de voltagem liguei um aparelho 127v em uma entrada 220v e através da sua postagem percebi que o varistor está com a mesma configuração da imagem postada pelo senhor direto ao assunto em porcentagem qual a chave de ter queimado a placa do aparelho em questão.
      No caso uma esteira eletrica.
      Obrigado pelo espaço.

      • Paulo Brites

        Olá Leandro
        Fica um pouco difícil responder até porque não sei como é o circuito, mas vamos tentar.
        Essa história “de queimou a placa” é papo furado de quem não sabe eletrônica e portanto, não sabe consertar.
        Se fosse descarga elétrica por raios na rede até poderia ser, mas inversão de polaridade é pouco provável.
        Não creio que o varistor tenha “queimado” e se queimou levou o fusível junto aí trocou os dois está resolvido.
        Se tiver transformador na entrada da rede e ficou muito tempo ligada em 220V o pobre coitado deve ter ir visitar os capetas no enfreno.
        Um bom olfato talvez dê para descobrir.
        Se não tem um transformadorzão na entrada então, deve ser fonte chaveada e aí mais difícil de “consertar a distância”.
        Neste caso o melhor é procurar a assistência técnica do fabricante da esteira (se existir uma).
        Espero ter ajudado ou, confundido mais ainda, como diria o Chacrinha.
        Abraços e boa sorte (talvez precise).

  8. Abraham Silva

    Consertei o carregador da fonte das minhas furadeiras “MAKITA” depois de ler esse post. E nem entendo de eletrônica. EXCELENTE DICA. Muito obrigado, professor!

    • Paulo Brites

      Que bom, isto corrobora minha “tese” no arigo Minha sina é ensinar por este pais.
      Abraços

  9. Luís Carlos

    Olá Paulo Brites, . A minha dúvida é que encontrei um varistor estourado com o código MYG 14-201, fui pesquisar e se trata de varistor de 130 volts, só que quando eu mudar a chave do aparelho para 220 volts deveria queimar o componente? Mas não queimou, funcionou normal…
    Para proteger em 220 v deveria ser um varistor mais de 220 v, correto? Mas também não protegeria em 110 volts no meu entendimento. Como seria teria no caso um varistor quando estiver em 110 volts e outro quando mudar a chave para 220 volts?

    • Paulo Brites

      O varistor só vai entrar em curto quando houver um pico de tensão (surto) muito alto em um tempo muito pequeno. Não se usa um varistor para cada tensão. Siga o que o fabricante colocou ele já previu a pior situação. Se o varistor entrar em curto com um pico numa rede de 127V, se o pico for na rede de 220V ele entrará em curto também.

      • Luís Carlos

        Obrigado pela resposta, sim entendi. Mas se ele é de 130 volts, deveria quando ligar em 220v vai receber um pico de quase o dobro, deveria diminuir muito sua resistência, aumentar muito a corrente e queimar o fusível, apesar que entendo que ao ligar em 220v não se trata de um surto, mas o componente não sabe disso, e deveria diminuir a resistência dele . Então, só irá entrar em operação em elevados picos rápidos de tensão? Então, é possível que este de 130 volts aguente picos acima de 220 volts? Desculpa,mas ainda continuo com dúvida pois vi um vídeo que mostrava um gráfico que o varistor vai mudando sua resistência para o terra de acordo a tensão suba além do seu valor, com isso aumentando a corrente na linha do fusível e o levando a queima. Mas ,muito obrigado pela resposta…

  10. Muito Grato ter acesso a este conteúdo, “bem particular ”

    Obrigado!

    • Paulo Brites

      Obrigado pelo retorno

    • Paulo Brites

      Que maravilha, fico feliz
      Abraços

  11. Anderson Marques

    Parabéns Paulo e obrigado por compartilhar seus conhecimentos. Seu humor é ótimo! :).
    Estou pesquisando sobre varistor para tentar solucionar meu problema e depois de ler seu post descobri que não é o caso. Quem sabe você possa me ajudar? Tenho um circuito de varia de 10Ω a 180Ω e gostaria de cortar a condutividade toda vez que ele ficasse menor 12Ω ou maior 178Ω. Só para ficar mais claro, esse circuito é o motor do power trim do meu barco (minha cachaça!). Ele foi adaptado e não tem limitador de curso, queria a partir da leitura do sensor do power trim limitar o atuador para evitar que o mesmo queime, como é o caso meu agora :(.
    Forte abraços e muito brigado.

    • Paulo Brites

      Olá Anderson
      Em princípio não sei como te ajudar, mas não custa tentar. Como não sabia o que é power trim, porque o único barco que eu uso é a lancha para Niterói, fui dar uma olhada rápida no Google.
      Ainda não entendi bem o que você quer fazer Esse motor é elétrico ou gasolina/diesel? Não mancho muito de motores grandes, mas vou ficar ligado no assunto e ver se descubro alguma coisa.

      • Anderson Marques

        Paulo,
        Obrigado pela rápida resposta.
        Power Trim é um motor elétrico e hidráulico que tem a função de levantar ou abaixar a rabeta.
        Rabeta é uma especie de caixa de transmissão que faz a propulsão do barco.
        Regulando-se o Trim posso diminuir o arrastro e conseguente mente ganhar velocidade e economia, mas o principal objetivo que tenho com essa solução e evitar que esse atuador (motor elétrico) quando chegar no fim de seu curso não arrebente os pistões hidráulicos ou não queime por estar sendo forçado.
        Se existisse um relé “ohmico” seria o ideal, tipo quando ele fizer uma leitura minimo ou do máximo de ohms ele desative o circuito do botão, para que um comandante desavisado, como foi o caso, não queime meu motor.
        Obrigado.

        • Paulo Brites

          Vou tentar pensar em alguma coisa mas não te prometo rapidez porque estou hiper enrolado com o meu projeto de aulas de eletrônica on line que está me consumindo 48 horas por dia nem tanto pelas aulas, mas resolver as questões administrativas pertinentes. Além disso eu sou “sindico” de mim e dos “periféricos” familiares mesmo o que também consome muito tempo.
          Enfim pode ser que alguém por aqui veja suas mensagens e dê algum palpite.

  12. PEDRO HENRIQUE MENEZES DE CASTRO

    Paulo, estou com uma fonte 110 que foi ligada em 220…o fusível queimou e o outro componente danificou…estou na dúvida se se trata de um varistor ou um NTC… Ele é verde e a referência é 240NR-200…qual a função do NTC?
    Troquei o fusível e não deu sinal de vida, retirei o componente é também não…fiz os testes usando lâmpada série…

    • Paulo Brites

      Pedro
      O NTC é um resistor de coeficiente negativo de temperatura e é ligado em série com a rede junto com o fusível Sua função é “segurar” o pico de corrente na carga do capacitor de filtro. Meça-o como resistor deve dar algo menor que 100 ohms Se der muito está aberto.

      O varistor é ligado em paralelo com a rede e entra em curto com surtos de tensão da rede.

  13. Claudio

    Sensacional, muito bom mesmo. Quando vi “descon” logo falei, esse também é fã de Criminal Minds, aí logo depois vem a citação à série, imagina as risadas kkk.
    Estava aqui reparando um amp velha guarda e pesquisando sobre varistores. Parabéns pelo post, me foi extremamente útil, obrigado.

    • Paulo Brites

      Valeu Claudio Futuca o site que tem mais coisa interessante
      Abraços

  14. Carlos de Godoy

    Boa tarde Sr Paulo.Parabens pela explicação e seu conhecimento.costumo utilizar dois varistores de 250v para fazer aterramento eletrônico.para utilização em placa de motores de portões e central de cercas elétricas.
    O senhor tem algo a comentar.
    Att
    Carlos

    • Paulo Brites

      Olá Carlos
      Eu não entendi o que você quer dizer com “aterramento eletrônico”. A função do varistor é ficar em paralelo com a rede e caso ocorra um surto de tensão ele entra imediatamente em curto porque o tempo de resposta dele é muito pequeno diferentemente do fusível que precisa aquecer para abrir. Veja que ele ligado após o fusível. Sugiro que você releia o artigo Tem também um artigo no meu site “os duendes da rede elétrica” que pode lhe ser útil.

  15. José Marques

    Uma pergunta poderia ligar dois varistores em serie? Claro do mesmo valor.

    • Paulo Brites

      Não me parece viável Não lembro de ter visto esta configuração.

  16. Filipe

    Bom texto! Pela dificuldade de achar por aqui um varistor que queimou da placa do meu portão eletrônico, penso em fazer a técnica do “fiosivel” no lugar do varistor, substituindo quando possível. É valida esta ação?

    • Paulo Brites

      Leia o post novamente e veja o esquema CLARO QUE NÃO PODE colocar um fusível no lugar do MOV Eles podem ser encontrados em lojas de componentes.

  17. LUIS

    Muito bom,
    Minha primeira leira sobre.

    • Paulo Brites

      Valeu Luis Acho que você queria dizer “leitura” ou não?

  18. DILSON PEREIRA DA SILVA

    MUITO OBRIGADO PROFESSOR POR SUA AULA SOBRE O VARISTOR (anjo da guarda).

    • Paulo Brites

      Anjo da guarda kkk, Valeu Dilson Que bom que foi útil

  19. wesley

    Boa tarde, oque seria testa com a lampada em série?
    Qual o motivo? Pode explicar?

    • Paulo Brites

      Olá Wesley
      Dá uma olhada no meu post Lâmpada Série no século XXI A explicação está lá

  20. Muito obrigado amigo, com sua aula consegui consertar o carregador da makita do meu amigo. Mt obrigado 🙂

    • Paulo Brites

      Que maravilha, como é bom ajudar as pessoas e o planeta. Menos uma coisa jogada no fundo de um rio!

  21. Felipe

    Muito bom ! Está virando meu blog predileto !

    • Paulo Brites

      Que bom ouvir isto Abraços

  22. VIRGILDASIO MATOS DE SOUZA

    muito bom

    • Paulo Brites

      Obrigado pela sua partiipação

    • Paulo Brites

      Obrigado pela sua participação

  23. Alessandro Roberto

    Parabéns pelo post!!

    • Paulo Brites

      Muito obrigado, Alessandro

  24. vinicius

    Gostaria de saber se o varistor tem o mesmo efeito em CC ou se ele funciona somente em CA?

    • Paulo Brites

      O varistor tem a finalidade de “absorver” picos de tensão que só ocorrem e CA, portanto não tem sentido usá-lo e CC. pelo menos nunca vi este tipo de aplicação.

    • Paulo Brites

      Valeu Luiz siga o mesmo caminho e compartilhe também Sem conhecimento não há cidadania

  25. paulo

    gostei do texto boa explicação

  26. FERNANDO LUIZ DE MENDONCA

    como posso adquirir o livro ?

    • Paulo Brites

      No site existe um banner no lado direito sobre o livro Clicando nela você será redirecionado para a plataforma de venda.

  27. bom comentario sobre o varistor, obrigado pelas dikas.

    • Paulo Brites

      Que bom, Ariel que foi útil
      Abraços

    • Paulo Brites

      Obrigado Bruno

  28. muitissimo bom esta materia para aquel que esta lendo seu livro, alem deuma apimentada humorada de seu comentario ,obrigado mestre, gostei de sua materia, que venham mais sim DEUS quiser.boa sorte.

    • paulobrites

      Olá Ariel
      Pois é, a propaganda é a alma do negócio.
      Abraços e até sempre

  29. Oi Paulo. Muito obrigado por mais esta aula, muito bom. Eu tenho uma dúvida sobre varistor que não consigo chegar a uma conclusão: Um parâmetro para escolha é a voltagem, ou outro é o “tamanho” do varistor. Pelo que entendi, o tamanho dele vai depender de quantas vezes você quer o mesmo suporte picos de tensão? Neste sentido, tirando outros fatores (preço, espaço útil pro circuito etc), quanto maior o varistor, melhor? Confirmando: Uma coisa interessante na hora da escolha é considerar que por exemplo pra tensão de 120V, na verdade o pico de voltagem AC será +- 170V então tenho que considerar 170V e não 120V na hora de escolher um varistor? Muito obrigado, abraço!

    • paulobrites

      Olá Rodrigo
      A sua questão é interessante Pelo que andei lendo os fabricantes falam em usar a tensão RMS + 10%. Porque o varistor só irá atuar em picos de duração muito curta. Quanto ao tamanho sua observação parece pertinente, mas não sei dizer com certeza se é isto mesmo. Continuo pesquisando este assunto se encontrar algo mais conto para todo mundo (como sempre faço).
      Abraços

      • Olá Brites, obrigado. Estive tentando descobrir. Não posso dizer que tenho certeza mas pelo que entendi a pessoa determina a corrente máxima de pico que o varistor deve suportar, bem como o tempo de duração deste pico, aí calcula a dissipação de calor. Vai na tabela e escolhe o que atende (a tabela tem coluna pico de corrente e energia em ‘J’), pelo menos pro exemplo que eu vi. Nas folhas de dados tem também gráficos relacionando estas duas variáveis. De qualquer forma, não achei nada muito objetivo.

        • paulobrites

          Você resumiu bem, “não há nada muito objetivo”. Como o meu foco é a reparação, faço aquilo que eu disse, procuro uma sucata de algum equipamento parecido e uso o que está lá. Nunca iremos saber qual o pico que a rede vai produzir e por quanto tempo.
          Preocupei-me e chamar a atenção de que não se deve simplesmente retirar o varistor. aliás todo equipamento deveria ter varistor por padrão, mas sabe como é que é ….
          Abraços e obrigado pro trazer sua contribuição.

  30. Roberto Amaral

    Ótimo artigo sr. Paulo, parabéns pelo seu trabalho. Além de informar nos diverte muito.

    • paulobrites

      Que bom que gostou. Desde criança sempre gostei de humor ajuda muito a entendermos tudo.

  31. Obrigado pela postagem, ainda fiquei com uma dúvida… devemos comprar o varistor pela tensão RMS ou pela tensão de Pico?

    • paulobrites

      Olá Leandrisson

      Eu acabei esquecendo de mencionar isto no post. Considere 10% acima do valor RMS Por exemplo, para uma rede de 220V teremos 242V é aí escolhe-se um MOV para 250V.

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