Como guardar e transportar PCI’s sem danificá-las

Este post foi escrito pelo Fernando José do Clube do Técnico – RJ que é técnico e instrutor de eletrônica há, pelo menos, uns 34 anos e como ele mesmo diz “a cada dia ainda aprendo alguma coisa nova e procuro retransmitir para os colegas de profissão”.

Então, com a palavra: – Fernando José.

Hoje vamos falar sobre um problema que não é realmente técnico, mas que afeta diretamente o resultado do trabalho do reparador de equipamentos de eletrônica e também de informática.

Já faz algum tempo sabemos que todos estes equipamentos são montados utilizando componentes do tipo conhecido como SMD (surface mount device – dispositivo montado em superfície) os quais podemos visualizar nas imagens abaixo.

 

PCI

Componentes SMD

 

O meu comentário aqui não será sobre como trabalhar com este tipo de componente, mas sim sobre o que não se deve fazer (mas tem sido feito, infelizmente) com as placas que removemos dos equipamentos, quer seja para serem levadas para reparo em empresas especializadas, guardadas para aproveitamento posterior ou levadas às lojas como referência para a aquisição de uma placa nova.

O que tenho visto e também ouvido dos amigos da TECHNO AV, que é uma das principais referências no reparo destas placas para TV’s LCD e PLASMA aqui no Rio de Janeiro, é que muitas placas que poderiam ser

reparadas até de forma simples e barata acabam por deixar de ter condição de reparo ou torna o mesmo mais caro e demorado devido à forma descuidada de embalá-las e transportá-las.

Componentes SMD não possuem terminais longos (aliás nem terminais eles tem), sendo colados na superfície da PCI e soldados em suas minúsculas extremidades.

Assim, devido ao reduzido tamanho destes componentes que, muitas vezes, não têm nomenclatura em seu corpo bem como serigrafia na PCI indicativa da posição torna-se bastante difícil sua reposição caso o componente tenha seu corpo danificado ou até mesmo tenha sido (como tem ocorrido muito) “arrancado” da PCI pelo atrito entre placas transportadas de forma descuidada ou largadas umas sobre as outras em uma simples sacola plástica de supermercado.

Outra questão importante com relação às sacolas é que elas devem ser (preferencialmente) de plástico antiestático para evitar problemas com a ESD (descarga eletrostática).

Em outras palavras, por conta de um procedimento errado de transporte e armazenamento pode-se perder uma placa que poderia ser reparada se algum (ou alguns) componente(s) não tivessem desaparecido da PCI “misteriosamente”.

Então, fica a recomendação de que devemos guardar os plásticos bolha das placas que compramos, pois são do tipo antiestático e usá-los para embrulhar as placas e assim, protege-las e também ao seu bolso, pois uma placa que poderia ser reaproveitada torna-se perdida se for manuseada  ou guardada de forma inadequada.

E onde encontrar este tipo de plástico?

Como já foi dito basta guardar os sacos das placas que você comprou ou em último caso comprá-lo em papelarias onde é vendido a metro.

Aqui cabe uma ressalva de que embora o plástico bolha da papelaria não seja antiestático ainda é mil vezes melhor utilizá-lo do que largar as PCIs se esfregando umas nas outras na esperança que deem filhotes.

Lembre-se de que o investimento de hoje pode se tornar o lucro de amanhã!

Até a próxima se DEUS quiser!!!

Acesse –

http://clubedotecnicorj-pro-br7.webnode.pt/ e conheça um pouco mais de meu trabalho e continue prestigiando o nosso amigo Paulo Brites.

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Paulo Brites

Técnico em eletrônica formado em 1968 pela Escola Técnica de Ciências Eletrônicas, professor de matemática formado pela UFF/CEDERJ com especialização em física. Atualmente aposentado atuando como técnico free lance em restauração de aparelhos antigos, escrevendo e-books e artigos técnicos e dando aula particular de matemática e física.

Website: http://paulobrites.com.br

2 Comentários

    • paulobrites

      Muito obrigado pela sua participação, José
      Abraços

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