Amplificadores digitais, ouvidos analógicos.

Amplificaador digital

Amplificadores digitais, ouvidos analógicos.

As campanhas de marketing adoram mencionar que a “coisa” que estão querendo fazer você comprar é “digital”.

E o pior é que eles conseguiram “fazer a cabeça” das pessoas de que “se é digital” significa que é melhor.

Agora, se você for um chato como eu e perguntar “por que digital é melhor?” a resposta do vendedor, ou melhor, do balconista, não tenho a menor dúvida, será: – Ah! Porque é digital, claro! E fica por isso, mesmo.

Explicar o que significa “digital”, em poucas linhas, não é tarefa fácil, mas prometo ser o mais didático possível numa abordagem que fique entre o “popular” e o “científico”.

 

Pois bem, começarei ousando dizer que a digitalização é, na verdade, uma artificialização na maneira de tratar os fenômenos físicos da Natureza e com a qual teremos que conviver cada dia mais; pelo menos enquanto o modelo econômico baseado no consumo desenfreado não acabar com ela!

Voltando ao “digital”, tentarei explicar da forma mais simples possível o que quero dizer com “artificialização dos fenômenos físicos”.

Sob o ponto de vista da eletrônica toda a informação a ser processada, quer seja uma variação de temperatura ou um som, por exemplo, é interpretada como sinal analógico em relação ao tempo.

Mas o que é afinal um sinal analógico?

Sinal analógico

Sinal analógico

Podemos dizer que um sinal analógico é, basicamente, um sinal contínuo, sem interrupções, que varia em relação ao tempo. (não confundir com “corrente” contínua).

Já os sinais digitais são descontínuos porque são formados por degraus de tensão ou corrente como mostrado na figura a seguir.

Sinal digital

Sinal digital

Uma onda quadrada é um sinal descontínuo e, portanto um sinal digital.

Entretanto, matematicamente pode se provar que um sinal como uma onda quadrada pode ser decomposto em uma quantidade infinita de senóides de amplitudes e frequências diferentes.

Decomposição de uma onda quadrada por Fourier

Decomposição de uma onda quadrada por Fourier

Esta decomposição é conhecida como Série de Fourier, mas não se preocupe, pois não entrarei aqui nestes detalhes “sórdidos” da matemática.

Em outras palavras, todos os sons que nós ouvimos (e o que não ouvimos também) no final das contas são formados por um montão de senóides.

Para quem não “lembra”  senóide é a representação gráfica da função seno e fique você sabendo que a Natureza ama a senóide, até porque a Natureza não é descontínua.

Por exemplo, a eletricidade que recebemos nas tomadas de nossas casas, produzidas por turbinas eletro mecânicas, tem a forma senoidal igualzinha a uma nota sonora fundamental produzida quer por uma flauta, um violão, um piano ou um grito. Tudo é senoidal!

Estes são apenas alguns exemplos para mostrar que a senóide está presente em toda parte e é por isso que eu digo que a Natureza “ama” a senóide.

Descontinuidade é, a meu ver, a melhor palavra para expressar o que é um sinal digital.

Então, como já vimos o som é analógico e não digital e, portanto, precisaremos arranjar uma “fórmula” para conviver com os dois conceitos, o “verdadeiro” (senoidal) e o “artificial” (digital).

O primeiro passo será “transformar” o sinal analógico em digital (o verdadeiro no falso).

Transformando analógico em digital com PWM

Transformando analógico em digital com PWM

Para fazer isso se utiliza um circuito chamado PWM que é a sigla de Modulação por Largura de Pulso, sobre o qual não irei me aprofundar aqui neste momento.

Por hora fica combinado assim: o PWM transformará um sinal analógico em digital.

Mas então, como pode um amplificador de áudio trabalhar com um sinal digital, que é um sinal de “mentirinha” (não senoidal),  ser melhor que um amplificador tradicional ou analógico se todo som é puramente senoidal?

Talvez a pergunta não deva ser “melhor ou pior” e sim qual deles tem maior eficiência, ou seja, o maior percentual entre a potência fornecida pela fonte e a potência efetivamente aproveitada pelo o alto falante.

Quando alguém vai escolher um amplificador, geralmente, só se preocupa com a potência, mas existem outros fatores muito importantes a serem levados em conta e um deles é a eficiência.

Quando a eficiência de um amplificador (ou qualquer sistema) é baixa uma boa parte da energia fornecida pela fonte de alimentação se transforma em calor e não em som, e como não estamos pretendendo fazer um aquecedor e sim ouvir música é preciso repensar o projeto ou então, é melhor comprar um chuveiro elétrico!

Nos amplificadores analógicos de boa qualidade, a eficiência fica em torno dos 60% o que não é grandes coisas, mas é o que dá para conseguir.

Entretanto, num amplificador digital ou classe D pode-se chegar próximo dos 95% o que é de deixar qualquer fabricante de amplificadores com água na boca (e mais dinheiro no bolso).

No passado nunca houve muita preocupação com esta perda de energia, entretanto, hoje existem mais razões econômicas do que ecológicas que predominam sobre as razões técnicas e é ai que os amplificadores digitais saem ganhando.

Você deve estar pensando: – por que razões econômicas?  O que a economia tem a ver com o áudio e a eletrônica?

Eu diria que tem tudo a ver.

O aumento de eficiência do amplificador nos levará à fontes e dissipadores de calor menores o que além de implicar na redução de tamanho implicará também na redução de peso e quando se reduzem estes dois parâmetros se reduz o custo com transportes, fator fundamental numa era em que quase tudo é fabricado na Ásia e levado para ser vendido em outras partes do mundo.

Agora que os economistas já encontraram a fórmula para reduzir os custos e aumentar o lucro das empresas (que é o que importa) os engenheiros que se virem para arranjar uma solução.

Antes de estudarmos como funciona um amplificador digital ou classe D vejamos como um sistema digital pode promover um aumento de eficiência quando lida com potências razoavelmente elevadas.

Faremos isso de uma maneira pouco usual, mas que ficará bem fácil para você entender.

Imagine uma lâmpada cuja resistência seja de 1ohm ligada a uma fonte DC Lâmpada alimentaada por baateriade 12 volts como é mostrado na figura 1.

Neste caso a potência real dissipada na lâmpada será de 144 watts (lembre-se que P = V x I = 12 x 12 = 144).

Suponha agora que você deseje reduzir o brilho da lâmpada e use o método mais simples que é colocar um resistor em série com a mesma.  Para facilitar as contas coloquemos um resistor de 1ohm como aparece na figura 2.

Neste caso a resistência total do circuito passa a ser de 2ohms e, portanto a

Lâmpada com resistor em série

Lâmpada com resistor em série

corrente, calculada pela Lei de Ohm, será 6A.

Como as duas resistências são iguais, os 12 V de tensão aplicados ao circuito irão se dividir igualmente entre o resistor e a lâmpada ficando 6V sobre o resistor em série e 6V sobre a lâmpada.

E assim, conseguimos reduzimos a potência na lâmpada para 36 watts, mas o “preço” que pagamos por isso foi ter 36 watts transformados em calor no resistor de 1ohm ligado em série e, portanto desperdiçados.

Lampada com chave liga-desliga

Lampada com chave liga-desliga

Transformemos nosso circuito numa “configuração digital” acrescentando uma chave liga-desliga entre a bateria e a lâmpada como aparece na figura 3.

Quando a chave é fechada a lâmpada recebe tensão e acende, já com a chave aberta, a tensão na lâmpada será zero e ela ficará apagada.

Mantendo o mesmo intervalo de tempo entre a chave aberta e a chave fechada, o valor médio de tensão aplicado sobre a lâmpada será de 6volt, portanto a potência na lâmpada também será de 36 watts, mas sem nenhuma perda de energia transformada em calor como ocorreu quando usamos o resistor da figura 2.

Está aí o princípio de um circuito digital. Simplesmente genial, não é mesmo?

Pois bem, acabamos de construir o modelo para um amplificador digital cuja eficiência é de 100%.  Na prática a eficiência será um pouquinho menor porque nossa chave será feita com MOSFETS ou IGBTS que embora, hoje em dia, tenham parâmetros excelentes não chegam à perfeição de apresentar resistência infinita quando cortado e totalmente zero ohm quando conduzindo como no exemplo teórico da figura 3.

Mas pera aí, o som não é senoidal? Então como é que nós vamos fazer a nossa “chave” ficar abrindo e fechando com um sinal senoidal?

E tem mais, se mandarmos este sinal para um alto falante ele vai queimar rapidinho e o máximo que ouviremos, enquanto ele não queimar, serão estalinhos e não música como queríamos.

Como sair dessa?

Fácil. Basta transformar o sinal senoidal que vai entrar no amplificador num sinal digital, amplificá-lo “digitalmente” e depois converter o resultado novamente em senoidal para mandar para o alto falante e daí para os nossos ouvidos que “ainda” são analógicos.

A próxima pergunta é – e será que vale a pena toda essa confusão?

Fernando Pessoa diz que tudo vale a pena se alma não for pequena e embora do ponto de vista técnico eu tenha minhas dúvidas, sob a ótica da economia (esquece a poesia) com certeza vale a pena, pois como já vimos aumentaremos a eficiência do amplificador e diminuiremos drasticamente o seu peso e tamanho.

Vamos ao primeiro passo: Transformar um sinal analógico em digital ou voltando ao PWM

Um dos circuitos mais utilizados hoje em dia atende pela sigla de PWM, ou seja, Pulse Width Modulator que em bom português quer dizer Modulador por Largura de Pulso.

Modulação, como se sabe, é fazer um sinal de uma determinada faixa de frequência ser “transformado” num novo sinal com o auxílio de outro sinal de frequência maior que chamaremos de portadora.

Para cada maneira como esta “transformação” ocorre damos um nome específico à modulação como, por exemplo, Modulação em Amplitude (AM) e Modulação em Frequência (FM) só para citar as mais comuns.

Para Modulação por Largura de Pulso utilizaremos como portadora um onda triangular.

O sinal senoidal que desejamos digitalizar será aplicado à entrada negativa de um circuito comparador enquanto na entrada positiva aplicaremos uma onda triangular que servirá de portadora e na saída do comparador obtém-se o PWM que se vê na figura 4.

Modulação por Largura de Pulso - PWM

Modulação por Largura de Pulso – PWM

Agora levamos este sinal PWM, que é a “réplica” digital do sinal senoidal, ao circuito amplificador composto por dois MOSFETS que funcionarão como chaves digitais produzindo a potência desejada na carga como se vê na figura 5.

Tudo isso estaria ótimo se duas coisinhas acontecessem:

1)   O alto falante pudesse ser excitado por um sinal digital como esse e, principalmente se…

2)   Nossos ouvidos fossem digitais e pudessem ouvir um sinal deste tipo.

Mas nem tudo está perdido, lembram que eu disse que a Natureza ama a senóide.

Pois bem, lá pelos idos de 1822, o físico e matemático francês Jean-Baptiste Joseph Fourrier, que já mencionei lá atrás, ao fazer um estudo sobre a evolução da temperatura relacionou este fenômeno físico a equações trigonométricas onde temos, portanto senos e co-senos.

Nos seus estudos, Fourier provou matematicamente que qualquer forma de onda pode ser escrita como uma composição de senos e co-senos.

Entenderam agora porque eu disse que a Natureza ama a senóide?

Temperatura e som parecem não ter nada em comum, mas matematicamente Fourier nos deu a dica de que existe um elo que une os dois fenômenos, aparentemente distintos, e este elo é a função senoidal.

Este não é o único caso em que a senóide aparece quando estudamos um fenômeno físico, mas não vem ao caso seguir esta trilha no momento (preciso reprimir meu lado de professor de matemática).

De tudo isto, o que se conclui é que “dentro” do sinal digital amplificado da figura 5 existe “escondidinho” um monte de senóides (que tal fazer para o almoço um escondidinho de senóides? kkk).

Diagrama em blocos parcial de um amplificador digital

Diagrama em blocos parcial de um amplificador digital

Portanto, a questão é, se nós conseguirmos “extrair” as senóides que estão “escondidas” no sinal digital poderemos ouvir a nossa música predileta nos nossos ouvidos analógicos?  Mãos a obra.

Podemos sim, basta colocar um filtro passa baixas, por exemplo, como mostrado na figura 6 entre a saída digital do amplificador e o alto falante e tudo se resolve (tá aí a receita de “escondidinho de senóides” para o seu almoço – filtro passa baixas!).

Diagrama em blocos da saída do amplificador digital

Diagrama em blocos da saída do amplificador digital

E assim, com toda esta “ginástica” da engenharia conseguimos chegar a um amplificador capaz de fornecer potências bastante elevadas e ter tamanho reduzido aliado a uma eficiência que chega aos 95%, ou seja, para o amplificador fornecer 100W ao alto falante basta que a fonte seja capaz de fornecer cerca de 105W onde apenas 5W serão perdidos em forma de calor.

Se você ainda não atentou para importância de um amplificador deste tipo, então pense em um televisor LCD bem fininho.

Agora me diga, onde colocar num televisor destes um transformador como aqueles usados nos amplificadores tradicionais?

Conclusão obvia, nos novos televisores daqui pra frente só vai dar amplificador classe D ou digital para usarmos numa linguagem que o leigo “entende”.

 Novos tempos, novas tecnologias, novos desafios.

Se você pretende continuar ganhando a vida como técnico reparador, o caminho é a atualização constante.

Com este artigo pretendi apenas dar o pontapé inicial num assunto que ainda vai dar muito que falar (e que ouvir!).

Se você gostou deixe um comentário (se não gostou também).

Em breve teremos mais informações sobre amplificadores classe D ou digitais.

Aguardem vai ser emocionante e até sempre!

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Paulo Brites

Técnico em eletrônica formado em 1968 pela Escola Técnica de Ciências Eletrônicas, professor de matemática formado pela UFF/CEDERJ com especialização em física. Atualmente aposentado atuando como técnico free lance em restauração de aparelhos antigos, escrevendo e-books e artigos técnicos e dando aula particular de matemática e física.

Website: http://paulobrites.com.br

59 Comentários

  1. Renato

    Caro professor Paulo, acabei de adquirir um amplificado soundigital sd250-1d, você consegue dizer se este aparelho é capaz de amplificar um sinal pwm? Neste caso bastaria ligar o sinal na entrada RCA do aparelho?

    • Paulo Brites

      Não entendi bem sua pergunta
      Se a entrada é RCA ele recebe um sinal analógico e processa digitalmente para entregar aos alto falantes
      O amplificador não amplifica PWM.
      Se ele tiver uma entrada USB ele recebe sinal de uma fonte que gere sinal digital, processa e entrega analógico.
      Nossos ouvidos são analógico (ainda ….)

      • Renato

        Certo, existe alguma forma simples de converter esse sinal PWM em sinal analógico? A proposito parabéns pelo site, o Sr explica tudo de forma muito didática.

        • Paulo Brites

          Caro Renato
          Acho que você está confundindo as coisas ou não entendendo.
          PWM significa Modulação por Largura de Pulso e não um sinal digital propriamente.
          Um sinal digital é algo mais complexo.
          Eu ainda não entendi o que você pretende.
          Em breve eu vou escreve uns artigos sobre PWM.

          • Renato

            Estou no trabalho agora por isso não consigo explicar com clareza a minha dificulcade se o Sr puder analisar o datasheet do CI TAS5548 talvez fique mais fácil a compreensão.

            • Paulo Brites

              Repare que na pagina 19 do data sheet do TAS5548 ele sugere ligá-lo ao TPA6139A2 Acho que é isso você quer.

              • Renato

                É basicamente isso professor, meu mini system possui esse processador de audio porém na saída do alto falante existe um filtro hpf que corta severamente freqüências abaixo dos 100hz, o mesmo possui trilhas na placa principal para construção de um segundo sistema de amplificação dedicado a um subwoofer. Como não possuo conhecimento técnico para montar esse amplificador na placa principal gostaria de saber se não da para ligar um DAC PCM na saída dedicada oa subwoofer desse TAS5548 e amplificar depois.

                • Renato

                  No diagrama do mini system diz que a saída dedicada ao subwoofer se encontra nos pinos 44 e 45 do TAS5548.

                • Renato

                  Ou sera que se eu ligar direto no meu amplificador externo da certo?

                • Paulo Brites

                  Renato
                  Eu não conheço este equipamento. Você deve entrar em contato com o fabricante/representante que é quem pode te orientar melhor.

                • Renato

                  Ou ainda talvez eu possa ligar depois do ADC do amplificador externo?

      • Renato

        Certo, e existe uma maneira simples de converter esse sinal pwm em analógico? Posso usar um DAC desses xing ling? A propósito parabéns pelo blog, o Sr explica tudo de forma muito didática.

        • Renato

          Tudo bem professor, eu achei que minha duvida fosse pertinente porque no seu texto o sr cita que eu existe ondas analógicas escondidas em um sinal de audio modulado em pwm (que é o caso do meu aparelho). De qualquer forma agradeço muito pelos esclarecimentos. Abraços.

          • Paulo Brites

            Sem problemas Renato
            O artigo tem um objetivo de abordagem geral.
            De qualquer maneira suas dúvidas são interessantes e abrem espaço para uma pesquisa e considerações sobre o tema.
            Dei uma olhada rápida sobre este amplificador e só encontrei videos superficiais no youtube.
            Como eu disse o fabricante deve ser o melhor lugar para se perguntar, embora nem sempre. O pessoal compra as coisas da China bota para vende e nem saber direito o que está vendendo, mas não custa tentar. Se descobrir alguma coisa conta pra gente.

            • Renato

              Eu vou ligar o amplificador na saída das caixas do mini system em bridge e se ele conseguir captar e amplificar algo na casa dos 75-80 hz já me dou por satisfeito se não vou continuar pesquisando, pelo que andei lendo o processador do mini system joga audio PCM na saída talvez com um DAC chines funcione.

              • Paulo Brites

                depois conta se deu certo

  2. Arthur A. G. Alves

    Eu acabei de ler este post e só tenho um comentário a fazer: Paulo, VOCÊ É O CARA!

    • Paulo Brites

      Obrigado, Arthur

  3. ViniProj áudio música e tecnologia

    Gostaria de ser seu amigo.RS. Desculpe a sinceridade ai, mas essa sabedoria é do áudio e vida. Obrigado por tratar com carinho e inteligencia o que amamos.

    • Paulo Brites

      Obrigado “ViniProj” Você conhece o programa Som do Vinil? É as sextas 21:30 no canal Brasil. Um dos meus preferidos. Acha que você vai gostar.

  4. Parabéns Prof Paulo excelente explicação.
    Acho para quem procura alta qualidade e fidelidade sonora os classe d não são ideais já que podem gerar pequenas distorções em altas frequências e deixa a desejar nessas frequências(como fai explicado o circuito contém um filtro LP composto por L1 e C1), mas para tocar um subwoofer e graves são bons, lembrando que temos a topologia classe T nos amplificadores e que muitos aparelhos mudam suas configurações de amplificadores misturando as classes para ter melhor rendimento e qualidade, mas nada como ouvir o som da forma como ele é em um bom toca-discos com agulhas de qualidade e um aplificador hi-end com sonofletores de qualidade e um bom Tweeter Domo de Seda .

    • Paulo Brites

      Para o mundo dos mega shows de hoje não tem jeito, a não ser apelar par os digitais.
      Quem quer ouvir música mesmo e atá a respiração do cantor ou cantora não vai dispensar um analógico e 50 watts “RMS” tá mais do que bom.
      Parafraseando Vinicius os digitais que me desculpem, analógico é fundamental!

  5. josé gamito

    sr. paulo, só para me confirmar o que eu lhe perguntei sobre alta potência digital. tenho 4 sub graves e 2 tops que têm no total 8000w rms… estou a pensar em meter um amplificador digital de 10.000w, de 4 canais. 2 para os sub graves e 2 para os tops,,, o mesmo amplificador alimentando as 6 colunas. agora pergunto, posso fazelo sem problemas? e outra pergunta!!! devo ligar o amplificador a corrente monofásica ou trifásica? obrigado

    • Paulo Brites

      José
      Tem muitas variáveis para considerar como Qual amplificador ? Quais caixas ? Quais as impedâncias resultantes da combinação destas caixas ? Quem vai controlar os cortes de frequências do sistema? Enfim isso que você quer um projeto …

      • josé gamito

        olá sr paulo. em princípio vou optar por amplificador analógico peavey 4080 hz só para os graves que são 2 por lado e fazem 1000w cada. o amplificador debita 2040w a 4 ohm, ora está muito bem equilibrado. os cortes serão feitos por um processador digital dbx… e acho que fico com a situação resolvida! pelo menos nunca me falta corrente eléctrica no amplificador… quanto a mim, é muito mais fiável do que um digital. mais uma vez o meu muito obrigado pela sua colaboração. abraço

        • Paulo Brites

          Vai em frente, boa sorte

          • josé gamito

            obrigado sr. paulo. abraço

  6. josé gamito

    sr. paulo queria só um conselho! é melhor um amplificador analógico ou digital? refiro-me a som profissional de alta potência. colunas para tocar na rua! obrigado

    • Paulo Brites

      Caro José
      Hoje dia para altas potências a melhor opção é o digital

      • josé gamito

        muito obrigado sr. paulo. assim é melhor para mim em termos de peso, e rentabilidade! pois sempre tive receio dos amplificadores digitais por se írem abaixo quando puxamos por eles… mais uma vez obrigado

        • Paulo Brites

          Essa uma das vantagens dos digitais sobre os analógicos.

  7. Isaque Florencio

    Paulo Parabéns pelo conteúdo! Excelente descrição, de modo fácil de entender. Abraço!

    • Paulo Brites

      Olá Isaque, muito obrigado. A maioria das coisas são fáceis de se entender, mas tem gente que enrola para explicar talvez porque não saiba o que está explicando. Abraços

    • josé gamito

      obrigado isaque. abraço

  8. Robson Boni

    Muito bom, só para ver se entendi, hoje em dia então é muito melhor comprar um amplificador novo digital, do que continuar com os velhos amplificadores? É isso?

    • Paulo Brites

      Olá Robson, obrigado pelo contato.
      Eu diria “ai depende”. Eu não trocou um bom e velho Marantz da década de 70, por exemplo, por nada. Se for um valvulado, para mim melhor ainda.
      Som de verdade é analógico. Digital é artificialização. Podem me chamar de saudosista, mas uma pintura a óleo é uma pintura a óleo, não se comprara a uma digital. Cada um no seu quadrado. Tudo é uma questão de ponto de vista. Você decide, mas lembre-se seu ouvido é um “velho” ouvido analógico.

  9. Fernando Almeida

    Clarificou bastante meus parcos conhecimentos sobre a matéria………..sou um ‘viciado” num som de qualidade.

    • Paulo Brites

      Que bom que ajudou Fernando

  10. Mauricio Quimas

    Já há algum tempo estava tentando entender o funcionamento dos amplificadores digitais que estão se tornando mais e mais presentes. Esse texto traz uma boa luz sobre o assunto. Parabéns ao autor!

    • Paulo Brites

      Olá Maurício
      Obrigado pela seu comentário preparando um artigo sobre a montagem de um amp digital experimental só não sei quando sai kkk

  11. Maurício

    Boa tarde Professor,
    Como vc comentou nossos ouvidos são analógicos, eu entendi,existe pequena diferença (digital), Obrigado Mestre.

  12. narciso filho

    principio das fontes de alimentação chaveada excelente sua explicação superficial !!!!!

    • paulobrites

      Olá Narciso

      Você me deu um boa ideia, vou escrever mais sobre o assunto Ainda tem muita gente comn dúvidas sobre elas.

  13. narciso filho

    estou bem atrazado ao ler esta materia de 2014 hj 20/08/2015 sou tecnico eletronico torcia o nariz quando olhava os systen sony dar aquele absurdo de potencia e consumo de energia baixo !!! no meu tempo a potencia em rms era a metade do consumo de energia rsrs esta explicado a magica deste mini sytem muito boa sua explicação é o mesmo principio das fontes chaveadas de dvd player homer tv led etc !!!

    • paulobrites

      Olá Narciso
      Antes tarde do que nunca kkkk
      Que bom que ajudou.
      Abraços

  14. Luiz Alberto

    Parabéns pela explicação!!
    Matéria bem elucidativa, sucinta e interessante.
    Até pouco eu pensava que circuitos análógicos não serviam para mais nada, e o senhor tratou de levar meu preconceito por água abaixo. Lógico que a algebra booleana é o pai nosso de cada dia, mas emular som já é exagero kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

    • paulobrites

      Grato pelo comentário.
      Enquanto os seres humanos e Natureza forem analagicos esta eletrônica sobrviverá por trás dos panos assim como sempre haverá um DOS por trás de um Windows kkkkkkk

    • Não é exagero, amigo. Você sabe a diferença computacional entre processar um sinal em tempo discreto (melhor tempo de processamento para um do tipo digital) e um sinal analógico? Além do mais, você acha que todos têm um ouvido sensível para perceberem a diferença entre esse sinal emulado e o sinal “real”? Além disso, a digitalização de sinais permitiu a expansão das informações. Eu não entendo esse preconceito com o mundo digital.

      • paulobrites

        É claro que a digitalização permitiu que se façam coisas impensáveis no mundo analógico não só na música como na imagem, mas o ouvido ainda continua analógico. Não se trata exatamente de um preconceito eu apenas quis chamar a atenção para o que eu sempre digo: a Natureza ama a senóide, não tem jeito.
        O mundo digital permitiu uma mudança nos paradigmas em várias áreas. The Brave New World como disse Huxley.
        Muito obrigado por ter contribuído com o debate. Portas (digitais e analógicas) abertas por aqui.
        Abraços (digitais, analógicos só se estivéssemos próximos!).
        Paulo Brites

  15. Roberto Araujo de Carvalho

    Como sempre uma grande aula meu mestre, etudei com você no IBRATEL, até hoje tenho as Apostilas de Trigonometria e Limites, de vez em quando ainda recorro a elas para esclarecer dúvidas dos filhos.
    E um prazer saber que ainda está na ativa.
    Um Grande Abraço,

    Roberto A. Carvalho.

    • paulobrites

      Estou na ativa sim. Essa a mágica da vida, não parar nunca

      Bons tempos aqueles do Ibratel.

      Já não se fazem escolas nem alunos como daquela época.

      Um forte abraço e até sempre

  16. Olando

    Fico simplesmente fascinado com a leveza que o professor consegue esplanar estes assuntos, parabens por disciminar seus conhecinento de forma tão fácil.

    • paulobrites

      Obrigado Olando

      Esforço-me ao máximo pra fazer com que as pessoas entendam.

      Uma vez li que um escritor apenas tem uma maneira diferente de escrever é isso que tento fazer.

      Abraços

  17. Valeu amigo por mais este artigo!
    Sempre ajudando aos mais novos e relembrando aos da antiga!

  18. Jaime Moraes

    Mais uma excelente lição!
    A comparação dos circuitos com a lâmpada e sua correlação com a eficiência é importantíssima para aqueles que estão se iniciando.

    • paulobrites

      Valeu “seu” Jaime

      Pois é, este conceito de eficiência é pouco explorado (até no mundo real !!!!!)

      Abraços

  19. carlos

    Muito bom este artigo só uma dúvida como é feita a modulação de analógico para digital se analógico é senoidal a onda e o digital no caso os pulsos são largos e estreitos é isso só não sei o circuito que faz isso?

    • paulobrites

      Muito obrigado por participar e comentar o artigo.
      Sua dúvida é pertinente, mas não dá para explicar em poucas palavras.
      Prometo para breve um artigo sobre o assunto.
      Abraços

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